Neste 20 de novembro, o SATED-RJ reafirma seu compromisso histórico com a luta por dignidade, representação e respeito aos artistas e técnicos negros. Nossa trajetória como sindicato de mais de 90 anos de existência foi construída por lideranças negras como Jorge Coutinho, Milton Gonçalves, Cosme dos Santos, Ruth de Souza e Léa Garcia, que abriram caminhos e sustentaram a luta por espaço e protagonismo na arte brasileira. Todos eles fizeram ou fazem parte da direção do nosso sindicato.
Ao longo deste ano, seguimos em parceria com o GPMS, do diretor Leônidas Lopes, fortalecendo ações, formações e espaços de inclusão – especialmente para os profissionais negros que mais precisam de apoio e oportunidade.
Sobre os recentes debates públicos, reforçamos: a manifestação do presidente Hugo Gross tratou exclusivamente de pontos técnicos e de compliance sobre função e registro profissional, sem qualquer recorte racial. Inclusive, reafirmou que é obrigação da sociedade e das instituições garantir mais negros nas produções, nos elencos e, sobretudo, nos espaços de poder.
Não concordamos com o uso inadequado da pauta racial em conflitos individuais. A luta antirracista exige responsabilidade, verdade e união — não divisão entre negros e brancos, nem disputas por influência.
O SATED-RJ sempre defendeu mais oportunidades, respeito e visibilidade para artistas e técnicos negros, combatendo a precarização, a desigualdade e o racismo estrutural no nosso setor. Nossa atuação é voltada para quem realmente precisa: trabalhadores invisibilizados, técnicos, artistas periféricos e todos que enfrentam diariamente o abismo racial na cultura.
Seguiremos lutando por mais negros nas telas, nos palcos, nas equipes técnicas, nas direções, na dramaturgia e nas decisões de poder. É direito, é urgência e é compromisso desta gestão.
SATED-RJ