Ruth de Souza foi a primeira protagonista negra da TV brasileira e a primeira brasileira a concorrer ao Leão de Ouro, no Festival de Veneza, por sua atuação no filme Sinhá Moça (1953).

No teatro, participou da fundação, com Abdias Nascimento, do emblemático Teatro Experimental do Negro, em 1945, com a montagem de “O Imperador Jones”, de Eugene O’Neil, tendo sido a primeira negra a atuar no Teatro Municipal. Foi uma montagem revolucionária, com os negros de cara limpa, numa época em que os personagens negros eram interpretados por brancos com os rostos pintados de preto. Já que ao negro não era dada qualquer possibilidade nas montagens teatrais, eles criaram as suas possibilidades. E provaram a força de seus talentos.

Apesar de carioca, Ruth viveu numa fazenda no interior de Minas, até os nove anos de idade, quando perdeu seu pai, e retornou com a mãe ao Rio, quando vieram morar numa vila em Copacabana. Aqui no Rio, ela começou, ainda na década de 1950, sua trajetória nas radionovelas, e em seguida nos teleteatros da TV Tupi. Escreveu uma página importante do teatro brasileiro, com sua atuação como protagonista em “Oração para uma negra”, de William Faulkner, com Sérgio Cardoso, em São Paulo, no Teatro Bela Vista. A expressão alcançada por Ruth em sua juventude valeu-lhe uma bolsa de estudo de um ano da Fundação Rockefeller, estudando na Universidade de Harvard e na Academia Nacional de Teatro.

A FIORENTINA, o restaurante predileto da classe teatral.
Taís Araújo, Lázaro Ramos, Jorge Coutinho, Theresa Amayo e Antonio Pitanga

Frida Richter, Carlos Conceição, e Lu Gondim  na homenagem a  RUTH DE SOUZA