De acordo com os filhos, o artista morreu de causas naturais enquanto dormia em sua casa no Rio de Janeiro.

Srs. Abaixem as Cortinas de Nosso Teatro, a Cultura está em Luto.

Aos 19 anos, dirigiu seu primeiro filme, o curta metragem Os Mendigos. Em 1967, assinou a direção do longa metragem O diabo mora no sangue e, depois, de O Ibrahim do subúrbio. Como ator, esteve no elenco de mais de vinte filmes, tendo começado aos nove anos, numa pequena aparição em Tico-tico no fubá, estrelado por Tônia.

Iniciou-se na direção teatral em 1971, em Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen. Em 1975, dirigiu A noite dos campeões, de Jason Miller, e ganha o Prêmio Moliére.

Seguiu ininterruptamente com trabalhos no teatro como ator e diretor, às vezes como ambos, até 1984. Neste ano, afastou-se dos palcos, para se dedicar ao ensino de teatro, retornando dez anos depois, em três montagens consecutivas. São mais de quarenta peças como ator e outro tanto como diretor.

Na televisão, atuou em vinte novelas e minisséries e esteve por oito anos em programas humorísticos da Rede Globo. O ponto alto de sua carreira televisiva aconteceu na novela Roda de Fogo, onde interpretou o vilão gay Mário Liberato, que caiu no gosto do público global. Também destacou-se em outras tramas, como O Espigão, Escalada, Sol de Verão, Champagne, Top Model e A Próxima Vítima, esta última onde viveu Adalberto Vasconcelos, o grande assassino da trama. A preparação de elenco de Pai Herói coube a Cecil.

Em 2006, saiu da Rede Globo, onde participava do humorístico Zorra Total, e assinou contrato com a Rede Record para participar da novela Cidadão Brasileiro de Lauro César Muniz, tendo participado também da novela Vidas Opostas de Marcílio Moraes.

Foi responsável pela implantação, em 1986, da Casa da Interpretação, na Casa das Artes no bairro carioca de Laranjeiras, e foi fundador da Oficina de Atores da Rede Globo. Ministra regularmente cursos de interpretação nessas e em outras instituições, tendo colaborado na formação de atores em várias cidades do país.